
Ele corre desesperado no meio de um canavial enorme, imenso, o medo, a adrenalina a loucura o domina e ele corre sem lógica, o que dificulta os assaltantes que agem pela lógica, a carreta está perdida e ele nem sabe onde, o cavalinho está atolado a beira da estrada, o medo de morrer não sai da mente, ele não quer sentir mais o cheiro da arma na cara, por isso ele anda rápido e para de correr agora, para os galhos da cana não mexerem e os bandidos não o vê, o medo de aparecer cobras, o que é comum num canavial. Cansado de correr e não vendo mais nenhum carro, nem luz das lanternas ele vai para a estrada e pede carona a um caminhoneiro, eles não param por medo de ser assaltante, ele ajoelha e pede, por favor, a lagrima escorrer ele tenta ser forte e não chorar, mas não consegue, o medo dos bandidos, medo daquela arma, ele olha para todos, assustado, com medo que um deles seja um dos quais o amarram, torturam psicologicamente e não consegue dormir, não consegue comer, não consegue relaxar.
Durma papai!
Durma papai!