terça-feira, 22 de junho de 2010

Diretores: amor e odeio! nossa saúde de Viver



Eu sempre tive uma relação de amor e odeio com meus diretores. Desde que comecei a atuar, às vezes era amor e muitas vezes foram odeio! Não que isso fosse ruim, ou errado. Isso sempre fez bem a nossa relação. Porque depois daquela grosseria típica de diretor vinha meu odeio, e depois da preguiça constante vinha ódio dele. Acho que sempre foi assim o meu gosto ausente de Shakespeare, e o gosto ausente deles de montar Samuel Beckett. Ele nunca entenderem que para mim o drama é essencial, e que essa coisa de comédia para mim sempre foi ridícula e desnecessária. A comédia irônica ainda descia minha garganta, mas a comédia por si, e a pastelão sempre me pareceu uma necessidade enlouquecida de conseguir risos, sempre me parece “TOC”, ou distúrbio cerebral. Nunca curti rua, ninguém vê tudo, entende pela metade, e acaba que avaliar o trabalhar tudo por algumas cenas. Acho que no fundo isso nunca vai mudar entre mim e os diretores, vai ser sempre esse amor e odeio! E é isso que me faz crescer como ator!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Os clichês cultes


Dedicado a Paulo Henrique e Carlos Felipe


Você se acha o máximo por ouvir Led Zeppelin, Legião Urbana, por gostar de Nirvana. Por ter um pôster dos Ramones no quarto, não que eu não curta os mesmo. Mas eu não vivo impondo que são os melhores, impondo que é cultura e é melhor a qualquer outra coisa. Vivem me dizendo que são rock, rock e rock. Não me importa o que é. Só que também não entendo essas críticas ao POP quando todos são pop também, pop é uma abreviatura de popular. Todas as bandas que dominam a massa são pop de alguma forma.

E são sempre assim esse povo que acha que arte se resume a somente Ramones, Beethoven, Nirvana, assistir Laranjas Mecânicas, ler Machado de Assis e tentar entender Dostoiévski. Aqueles que acham que pintor só existe Salvador Dalí, e que se Paulo Coelho é lixo completo. Por mais que já li uns livro do tal e não perco tempo lendo as historinhas dele. São todos no fundo um bando de Clichê Cult, que vive a discriminar a cultura do outro, algo quase xenofobia.
Mas ainda vejo um valor no desconhecido na arte de poucos Goldfrapp, Lamb, assistir “amor crudo” uma excelente curta argentina, e quem disse que a argentina não tem valor? Prefiro passar meus dias a ver filmes e no meios dos livros a ter que ver um bando gente em cores verde e amarela, sou patriota, não acredito no Brasil. País que aos poucos começam a ter uma democracia e liberdade. Ainda falta-nos EDUCAÇÃO senhores políticos, ainda nos faltam arte e cultura. Nós não queremos somente comida, não quero somente a comprar de votos indiretos bolsa família, SISU, e outros sistemas, não quero ter que assistir a vida de um presidente nas telas de cinema, isso é compra de voto indireto, não quero Dilma, nem Marina e muito menos Serra no poder. O que posso esperar deles? ECONOMIA? E os direitos das mulheres? E o direitos dos GAYS? E a desigualdade social? E o emprego infantil? E a poluição visual, sonora e poluição da natureza? Precisamos de menos religião, mais consciência, estou cansado de saber que é Jesus que vai fazer as coisas, foda-se Jesus, Maomé, Buda, santos e o resto. Sou que preciso ter força de vontade, foda-se o Lula e o resto dos políticos, exceto Eduardo Suplicy que ainda me parece um cara sensato, me parece um político de verdade. Onde esta Lalau? Maluf? E o Collor? Foda-se a merda secretarias de culturas que temos nas cidades.

Odeio esse sistema em que vivemos, você tem comprar, comprar e comprar, não deve estudar. Você tem que a assistir a TV, engula o que a TV manda, forme família e arrume uma religião. Que enfadonho passar minha vida é ter um babaca ridículo me chamando para fazer as coisas para ele, ter uma criança birrenta a passar minha poucas horas de sono a me chamar, não quero ter filhos, não preciso de lavagem santa, isso mesmo não preciso de nenhuma religião. E quero respeito por isso! E se Cristo me chamar diz que estou ocupado fazendo meus Downloads. Que insistência ridícula, não quero que ninguém me diga para onde e por onde ir, será que a demência é contagiante assim nas religiões? Muitos insistem num tal vem conhecer a minha, vai conhecer tal, você precisa ter um santo favorito! E Eu sempre educado respondendo não teatro faço nos palcos.
E para quer vou casar arrumar um serviço e sustentar uma mulher e um menino? Morra os dois afogados na própria loucura de serem imaginário. Jamais quero uma mulher chata que me espere para fazer as coisas e que desperdice sua a vida por mim e pelo inferno gradual chamado filho.
Não sigo tendências! Não sigo modas nem a decência programa e estipulada na sociedade... Eu sou eu!! E faço minha loucura arder em ritmos entorpecentes!! Não sou mais um inerte a espera da morte comprando pedaços do céu, lendo um livro ridículo e contraditório de dois mil anos atrás. Quero apenas um direito livre e ir e vir com minha loucura. Mas quero o poder de ver as coisas necessárias feito educação, arte e cultura.

sábado, 5 de junho de 2010

Imperfeito - Minimalismo (NEAC_04_06_2010)

 (imagem tirada do blog www.juditeinsone.blogspot.com)

A peça IMPERFEITO – MINIMALISMO, produção de Markus Marques e James... O roteiro fascinante, um trabalho simples e lindo. O minimalismo presente em quase todos os atores, a técnica poderia ter sido estudo mais pelo atores, mas o conjunto fechou bem, a costurar dos quadros foram bem elaborados. Poderia ter trabalhado a técnica de Laban para a noção do “verbo flutuar” que parece que foi exigido para uma das partes do espetáculos, que aos atores entravam dançando em câmera lenta ou seja deveriam estar em flutuar. Mas talvez a ausência de técnica fosse proposital. Quero destacar alguns quadros não para puxar saco, mas porque realmente curti, adoro a arte “triste” que Markus Marques cria, interessante o quanto de informação que ele faz com que os atores sem poderem falar, transmitir com o corpo, eu sairia mais 500 vezes para assistir esse estilo de arte. Vale ressaltar ainda os quadros que não falei e a interpretações que cada vez mais refinadas, Victor Pierre e Samira Reis no quadro do esquizofrênico e da modelo, Amanda Leão na deficiência ou idosa, Eliane Assunção nas caras e bocas nos elevadores, belíssima criação de personagem e um economia de interpretação de fascinar qualquer um. Não quero ressaltar os melhores ou os “fodas” apenas falei dos que realmente me tocaram, e por fim não poderia deixar de comentar “Claudinha” que interpretou bem também nos quadro do “deficiente ou idoso” sua concentração estava a mil.
Algumas frases e conclusões que ainda estão na minha mente: 
“nem todo peça deveria ser comedia”, 
“a arte não resume em risos, pode ser beleza das coisas triste”


Markus Marques: “eu não ando pelas ruas olhando meus pés, eu ando observando as pessoas”.

O que Weverton Andrade tem a dizer? Eu ainda acredito no Minimalismo, e sem duvida quando for um diretor, carregarei traços de Markus Marques comigo, pois é minha base. E também porque sou filho de Judite Insone e sei que isso é eterno! Como os sentimentos! “Os Artistas têm o dom de tocar a alma”


Fica a Dica para junho quem estiver em Divinópolis assista aos espetáculos do NEAC mais informações acessem o blog www.juditeinsone.blogspot.com, blog oficial do Diretor e Professor Markus Marques responsável pelo NEAC.
 

Quero deixar claro que nessa postagem contém apenas minha opinião.
E vale ressaltar ainda que muito amador,
mas que expressei minha opinião conforme meus estudos,
e conforme minha sensibilidade.
Weverton Andrade