segunda-feira, 15 de outubro de 2007

MEU ANJO ESTUPRADO


Meu Anjo Estuprado
Aqui em minha colina
Jaz com os pulsos mutilados
Sinto meu sangue escorre de meus olhos
E vejo meus pulsos lacrimejarem.

Olho para trás, e vejo tudo que não fiz.
E olhando para trás...
Vejo-te correndo em minha direção
Digo a mim mesmo “mau me quer”
E pulo dentro do abismo.

Nessa hora sinto...
Tua espada perfura-me
Olho-te
E vejo em vossos arrogantes olhos o ódio
E então me perfurando o peito, a alma...
Maldita espada...
Que torturaste meus sentimentos

Vejo abaixo de mim
Voando em minha direção
Um anjo de cabelos negros
Uma mulher... Um ser gótico
Doces lábios roxos... e trincados
Lindas mãos em decomposição
Belos cabelos negros no ritmo da brisa
Suas perfeitas garras perfurem-me
Tirando-me o fôlego de tanta dor

Contorço-me de dor
E mordo meus carnudos lábios até Sangra.

Ela se aproxima me pega em vossos braços
Tratando-me com um objeto
Leva-me ao meu covil
E me declara... meus direitos
Meus deveres de Morto
Com um olhar amável
Empoe que eu sou um objeto
Insignificante,
Irreal
Idiota.

Ela então surra-me
Que Deus está morto
Que o céus foram trancados
E que o diabo jaz morto...
Na mesma sepultura de Deus.

Choro, pois agora sei que não tenho proteção...
Rogo São Miguel...
Ergo a espada,
Puxo a garrafinha de sangue tinto e bebo acompanhados de meus Demônios.

Ergo a espada e mato, a morta... Morte
Que chora ao sentir o corte
De minha espada,
Feita por ossos de anjos e sangue humano

Vendo a carcaça da Morte
Sorriu e riu da cara dela
Só choro por ver que até morta
Ainda mostra a personalidade de vassalagem.

Pulo no abismo
Rogo a mim
Por ti

Prepotentemente acordo
Em vossos braços
Vendo-te assustada
Tapeio vossa cara
Beijo-te
E chamou-te
Para fazermos
O Inferno

Weverton Andrade

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