sábado, 15 de agosto de 2009

Anel de Madeira

Maldita vida passageira, que mata todos e faz os vivos carregarem o sentimento dela, tira a alegria de muitos, e ameniza o sofrimento de alguns, a morte sina de nós mesmo...
Quando escrevo pode ser meu ultimo suspiro, a intocável dama que não descansa, nem aceita prolongações,

Electra? Édipo? Hipólito?
Hamlet? Gusmão? Júlio César?
Boca de Ouro? Macabéa? Capitu?
Vivos ou mortos? Tragédias ou comédia?

O espectro e o homem únicos versos de um poema, a loucura e sanidade correndo de mãos dadas, quem me dera por um instante viver em carne a loucura de ser eu, sem se preocupar com a roupa, a cor e a medida, meu desespero de viver tragos de mim, sem cor minha, sem cabelos meus, sem roupas minhas, elas são de toda essa gente ali fora que me impõe a usar isso, aquilo e aquele.

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