quarta-feira, 26 de março de 2008

Inverno II

A Paulo H. de Oliveira (Paulim)

Não sei o que dizer...
Apenas posso expressar minha dor

Hoje eu vi que eu assassinei meu amigo
Não é você mas é o que você tornou
Por minha causa

Hoje vejo que em minha veias
Corre o veneno letal,e egoísta

Choro por ver meu veneno em ti
Me atormento por ter entrado em vossa vida
E mesmo por ter nascido

Desculpa por existir
Desculpa por ter entrado em sua vida
Desculpa pelas minhas mancadas

Excomunguei a vida
Chutei ela como um cão sarnento
expulsei a razão dos meus dias

Que eu seja punido
Como fogo e gelo
Que eu não possa viver sem me flagelar a cada segundo
Por meus pecados

Que meus dias sejam quentes, secos e mortos
Que em meu caminho não haja luz
Nem água, nem paz

E que um dia você olhe nos meus olhe e me perdoe
Pelo ato inconveniente de eu estar vivendo
E por todos os meus erros

Você tem o caminho
Você tem a escolha
Você carrega a espada
Agora caminhe, escolha e mate-me.

26/06/2007

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